novembro 29, 2008

Inverdades

Minha irmã falou que eu sou feio.
E eu falei pra ela que ela era boba.
Papai me falou que se eu comer tudo vou ficar bem grande.
E mamãe me falou que quando crescer minha vida vai mudar.
Minha prima falou que se eu quiser posso passar na casa dela.
E meu primo falou que se me pegar olhando pra irmã dele de novo ele me pega.
Minha avó falou algo que não entendi.
E meu avô ficou rindo do programa na televisão.
Meu melhor amigo falou que sábado não tem como a gente sair.
E minha namorada me disse que está com dor de cabeça.
Meu chefe falou que meu salário vai aumentar.
E a minha namorada continua com dor de cabeça.
Minha sogra falou que sou um bom partido.
E meu melhor amigo falou que a comida da minha mulher é a melhor.
Minha filha falou que precisava de ajuda com os deveres.
E eu falei que não tinha tempo pra isso.
Minha vizinha falou que precisava do forno emprestado pra fazer um bolo.
E o bolo queimou devido ao esquecimento do mesmo.
Minha filha pediu dinheiro pra ir ao shopping.
E minha mulher pediu o divórcio.
Minha filha falou que vai fugir de casa.
E minha sogra não quer divisão de bens.
Minha filha falou que não vai fazer besteira por causa da separação.
E meu melhor amigo vai se casar com o amor da sua vida.
Minha neta nasceu faz cinco meses.
E meus óculos já não são tão bons.
Minha vizinha trouxe uma camisa no meu aniversário.
E agora ela está lavando a louça do jantar.
Minha neta me disse que vem me visitar nas férias.
E amanhã vou comprar um lindo presente para ela.
Resolvi ficar em casa porque já era tarde.
E mais tarde tem jogo da seleção.

Suicídio

Um homem cruza o umbral da porta de seu quarto, caminha, decidido em seu caminho.
Ao passar em frente ao quarto de sua filha, pára, indeciso em seu caminho.
Quando ouve o cachorro do vizinho uivando, retoma, decidido em seu caminho.
Ao sentir o aroma e o frescor da noite, demorasse, indeciso em seu caminho.
Vendo as marcas de sangue em suas mãos, continua, decidido em seu caminho.
Quando iluminado pela lua cheia de março, devaneia, indeciso em seu caminho.
Mas ao ver a rua escura e deserta, decide, o seu caminho.
Mesmo após o tempo passado e as horas de caminhada, decidido, está o seu caminho.
Sabendo que este tempo não está perdido, pela última vez, reflete sobre seu caminho.
E como lampejo final, o mendigo em seu caminho.
Fica notório saber que o estouro da calma foi o último passo do caminho.

novembro 16, 2008

HINO A GOIÂNIA

Letra: Anatole Ramos
Música: João Luciano Curado Fleury

Vinde ver a cidade punjante
Que plantaram em pleno sertão,
Vinde ver este tronco gigante,
De raízes profundas no chão

Vinde ver a Goiânia de agora,
A cumprir seu glorioso destino,
Brasileiros e gente de fora,
E cantais vós também o seu hino.

Construída com esforços de heróis
É um hino ao trabalho e a cultura.
O seu brilho qual luz de mil sóis,
Se projeta na vida futura.

Vinde ver a Goiânia de agora,
A cumprir seu glorioso destino,
Brasileiros e gente de fora,
E cantais vós também o seu hino.

Capital de Goiás foi eleita,
Desde o berço em que um dia nasceu,
Pela gente goiana foi feita,
Com seu povo adotado cresceu.

novembro 12, 2008

Ode A Agonia

Chorando as mágoas hoje, apenas,
Incrível coração dilacerado
Só, somente só,
Por nunca descreveres a verdade,
Omite-a em falsas palavras deturpadas,
Com uma falsa verdade social e puritana,
Mantendo aparências, mantendo caráter,
Mas, por que simplesmente não aceitas?
A dolorida consciência de acreditar em vão
Pobre coração, por que te apaixonas tão fácil?
Maldito coração, porque não pensas em mim?
Fica aí, se deixando levar,
Por falsos amigos, por falsos ídolos,
Por falsos amores, infundados amores,
E o pior de tudo é a dúvida, insana dúvida,
De quem é a culpa?
Do cérebro, massa cinzenta motriz do ser,
Ou da vida, que não dá brecha para o descanso...
Por muito tempo agüento
A desonrosa, pútrida, vadia,
Que brinca comigo do nascer do dia,
Ao por do sol esquecido e solitário
Vida!
Porque não se cansas de mim e vai brincar com outro
Alguém forte, decidido, poderoso,
Soberano do seu próprio destino
Sabes que sou apenas um menino,
Que cresceu, mas não sabe andar,
Que cresceu e quer apenas acreditar...
Amor!
Frio, calculista, variável,
Amargo, efêmero, incontrolável,
Amaldiçôo-te todos os dias,
Pois não mereces consideração minha,
Sempre faço e desfaço o possível
Sempre escolho, analiso e sintetizo,
Personifico-o na forma de um ser
A vontade de simplesmente ter
Felicidade um dia, quem sabe, quando...
Falta métrica, falta rima, falta sina
Sou um mero poeta idealista
Que tenta compensar a falta de categoria
Com a motivação do seu dia-a-dia
Um desejo insano, profano e mundano,
Mas um simples e puro desejo de menino
Que ouviu um dia dizer de um andarilho
Que sábio é aquele que sabe ver
As pequenas e valorosas coisas ao anoitecer...
E por esse caminho ele resolver ser
Um caminho correto, árduo e honroso,
Sonhando e acreditando em um final bondoso
Com um pote de ouro para que ele tenha gozo
Mas pobre menino da poesia fraca
Além de poeta, é pobre, panaca
Ainda acredita em contos de fada
Se der sorte terá pelo menos uma salvaguarda
E mesmo depois de saber
Que sendo certo irá perecer
Mas sendo errado sua verdade irá prevalecer
Escolhe o caminho das pedras
O caminho que não trará dignidade
Pois não será digno sendo justo
O caminho que não provirá recompensas
Pois é necessário enganar para ter lucro
O caminho em que o amor,
Provavelmente não estará...
E depois desse poema medíocre e extremista
Finalizo, pois, mais um sôfrego dia,
Indo dormir acreditando, que,
Talvez se eu aprender a não sofrer,
Crescer e crescer,
Minha alma encontre redenção ao amanhecer...
Desejando a mim mesmo, Tenha um ótimo Novo dia!

novembro 11, 2008

O GATO QUE CAIU NO MELADO

Já faz alguns dias que me bateu uma vontade tremenda de escrever, não sei por quê. Acho que tem a ver com o fato de não ter nada motivante na minha vida neste momento, além dos complexos de sempre. Bem, faltava então, um tema, e eis que o merdinha apareceu hoje! Creio que tem muito a ver com uma cena um tanto quanto interessante que vi na faculdade, antes de vir para casa. Não que a cena fosse chocante, ou algo do gênero, mas foi algo que me fez pensar e refletir sobre o fato de que, as pessoas realmente são seres mudam com facilidade, desde que isso seja mais interessante pra si próprias. Soma-se isso ao fato de ontem eu ter batido um papo muito interessante sobre cruzar a linha da maturidade, e o fato de ter assistido um filme, no mínimo, cabuloso, absurdo e agoniante, que retrata com clareza a mediocridade humana... “Dogville” se possível, assistam... Bem, essa puta vontade de escrever veio, faltava uma idéia, uma tema, uma ação, mas tudo clareou após os eventos contados acima, então, decidi por escrever um texto incoerente, confuso e desconcertante, sobre nada e algo ao mesmo tempo, simplesmente pra retratar o que todo mundo vê, mas ninguém enxerga. Ah, isso também é uma declaração de amor... Roubando um título de um amigo meu, o qual devo várias honras, com vocês, a mais recente produção da minha mente insana, da série "Textículos":

TÍTULO dois pontos O GATO QUE CAIU NO MELADO PARÁGRAFO personagem um pergunta Era pra ser um texto cômico ponto de interrogação personagem dois responde Não vírgula romance reticências CORTA Mas o padeiro não deveria ter entregado os pães hoje vírgula é sexta hífen feira vírgula ninguém come pão na sexta hífen feira hífen pensou ponto Então a Dona Maria retirou hífen se da sala do assassino e dirigiu hífen se para a porta vírgula pensando no fato de que a missa de domingo não poderia acontecer normalmente vírgula visto que não conseguiriam comer todo pão até aquele evento ponto CORTA E hoje na sala de aula a professora pergunta para o atordoado aluno abre parênteses protagonista vírgula o herói da história fecha parênteses porque ele não havia concluído a tarefa que fora proposta ponto E nisto o aluno responde dois pontos abre aspas não tive tempo fecha aspas ponto Ao ouvir isso a irreverente e dinâmica professora responde com todo abre aspas ar de graça fecha aspas que possui dois pontos abre aspas tudo bem vírgula você pode fazer esta matéria no semestre que vem fecha aspas ponto CORTA PARÁGRAFO personagem um pergunta Mas então vossa senhoria deveria abordar o tema de forma mais sucinta vírgula talvez levar rosas ou uma caixa de bombons ponto de interrogação personagem dois responde Sim vírgula seria o prudente a se fazer vírgula mas neste meu vasto tempo de vida percebi que a prudência não funciona bem com todas ponto Para algumas é necessário se arriscar mais vírgula ousar mais vírgula uma tal de teoria de abre aspas mulher maçã fecha aspas ponto CORTA Rapidamente Dona Maria retorna para sua residência e começa a escrever cartas de despedia aos seus netos vírgula sabendo do destino que a esperava ponto Naquele momento soube que o padeiro era algo mais que um simples padeiro, ele também era reticências CORTA Ao ouvir a célebre porém ofensiva frase vírgula o aluno tenta desconversar sabendo com clareza que agora vírgula abre aspas o seu tava na reta fecha aspas ponto Neste momento aquele suor frio característico se manifesta na forma de uma gotícula que desce gelada pela espinha vírgula e pensa dois pontos fudeu ponto de exclamação CORTA PARÁGRAFO personagem um pergunta Então nobre colega vírgula o que o impede de domar e tomar o coração da jovem senhorita vírgula que se encontra confusa e abandonada ponto de interrogação personagem dois responde Problema em si não há vírgula caro companheiro vírgula apenas o fato daquela insegurança pertinente a todo coração que se encontra perturbado vírgula sem saber se está realmente apaixonado vírgula acho que vou cumprir com o prometido vírgula vou escrever uma carta de amor reticências CORTA o açougueiro turco disfarçado de alemão com sotaque japonês e idéias portuguesas na forma de vender o seu produto ponto Ora pois ponto de exclamação Isso é inconcebível hífen pensou hífen vírgula não existe cachorro quente de carne vírgula muito menos pão na sexta hífen feira ponto Resolveu então ir falar novamente com o assassino vírgula e encomendar um serviço discreto reticências CORTA abre aspas não vírgula ainda não fudeu fecha aspas Retira então de sua mochila um calendário vírgula munido de muita esperança vírgula e começa a verificar a possibilidade de agenciamento do seu horário na semana vírgula visto que o tempo era seu aliado e seu pior inimigo ponto Ao verificar que não possuía tempo algum vírgula e que não possui nenhum material para efetivação do trabalho vírgula a mesma voz interior grita a plenos pulmões dois pontos abre aspas agora fudeu vírgula fudeu mesmo ponto de exclamação fecha aspas CORTA PARÁGRAFO FINAL personagem um pergunta Então o que está esperando ponto de interrogação Tenho certeza que você terá o dom de conquistar a senhorita com isto vírgula uma atitude sincera ao escrever a carta vírgula e a ternura de suas palavras para acalentar aquele coração solitário ponto segundo personagem responde Preciso apenas achar minha caneta e um papel que possa reproduzir o início de tudo ponto Quero mostrar a craseado ela como me sinto em relação a tudo vírgula quero mostrar que sou apenas um frágil felino envolvido na doçura do seu melado vírgula esse melado que me conquistou vírgula que me envolveu como um todo e que me fez querer mais ponto final CORTA O assassino que na verdade era argentino vírgula foi encontrado pela Dona Maria sentado em sua poltrona com um chapéu de padeiro cobrindo sua cabeça vírgula enforcado hífen o vírgula e um cutelo atravessado em seu coração ponto Ao ver a cena Dona Maria entendeu que o mistério havia sido resolvido vírgula com todos os três personagens que na verdade eram um mortos no final vírgula fazendo com que a perspicaz senhora pudesse voltar a sua simples casa vírgula para cuidar do seu gato que havia caído no taxo de melado ponto Gato que por sua vez era um membro de uma facção separatista do sul goiano vírgula facção que por sua vez pertencia ao CRCCCTHAQMECPEUPCG hífen Comando Rosa Choque Chocante Com Três Hambúrgueres Alface Queijo Molho Especial Cebola Picles E Um Pão Com Gergelim vírgula que era um movimento de reivindicação do direitos marsupiais dos cangurus do cerrado vírgula aqueles verdinhos com bolinhas laranjas que ficam pulando o dia todo ponto final CORTA Então vírgula nosso intrépido herói resolve se manifestar vírgula e diz a seguinte frase dois pontos abre aspas tem momentos na vida que um homem tem que fazer vírgula aquilo que um homem tem que fazer fecha aspas ponto E neste momento ele grita dois pontos abre aspas o mãe ponto de exclamação E vai para casa cabisbaixo cuidar do seu cachorrinho faminto ponto Neste último evento não há espaço para um gato cair no melado vírgula por mais que isso tenha acontecido na casa do vizinho ponto final FINAL


Segue abaixo o texto com a pontuação pontuada... rsrsrs


O GATO QUE CAIU NO MELADO

Personagem um - Era pra ser um texto cômico?
Personagem dois – Não, romance...
CORTA
- Mas o padeiro não deveria ter entregado os pães hoje, é sexta-feira, ninguém come pão na sexta-feira – pensou. Então a Dona Maria retirou-se da sala do assassino e dirigiu-se para a porta, pensando no fato de que a missa de domingo não poderia acontecer normalmente, visto que não conseguiriam comer todo pão até aquele evento.
CORTA
E hoje na sala de aula a professora pergunta para o atordoado aluno (protagonista, o herói da história) por que ele não havia concluído a tarefa que fora proposta. E nisto o aluno responde: “não tive tempo”. Ao ouvir isso a irreverente e dinâmica professora responde com todo “ar de graça” que possui: “tudo bem, você pode fazer esta matéria no semestre que vem”.
CORTA
Personagem um - Mas então vossa senhoria deveria abordar o tema de forma mais sucinta, talvez levar rosas ou uma caixa de bombons?
Personagem dois – Sim, seria o prudente a se fazer, mas neste meu vasto tempo de vida percebi que a prudência não funciona bem com todas. Para algumas é necessário se arriscar mais, ousar mais, uma tal de teoria de “mulher maçã”.
CORTA
Rapidamente Dona Maria retorna para sua residência e começa a escrever cartas de despedia aos seus netos, sabendo do destino que a esperava. Naquele momento soube que o padeiro era algo mais que um simples padeiro, ele também era...
CORTA
Ao ouvir a célebre porém ofensiva frase, o aluno tenta desconversar sabendo com clareza que agora, “o seu tava na reta”. Neste momento aquele suor frio característico se manifesta na forma de uma gotícula que desce gelada pela espinha, e pensa: fudeu!
CORTA
Personagem um - Então nobre colega, o que o impede de domar e tomar o coração da jovem senhorita, que se encontra confusa e abandonada?
Personagem dois - Problema em si não há, caro companheiro, apenas o fato daquela insegurança pertinente a todo coração que se encontra perturbado, sem saber se está realmente apaixonado, acho que vou cumprir com o prometido, vou escrever uma carta de amor...
CORTA
O açougueiro turco disfarçado de alemão com sotaque japonês e ideias portuguesas na forma de vender o seu produto. Ora pois! Isso é inconcebível – pensou -, não existe cachorro quente de carne, muito menos pão na sexta-feira. Resolveu então ir falar novamente com o assassino, e encomendar um serviço discreto...
CORTA
“Não, ainda não fudeu”. Retira então de sua mochila um calendário, munido de muita esperança, e começa a verificar a possibilidade de agenciamento do seu horário na semana, visto que o tempo era seu aliado e seu pior inimigo. Ao verificar que não possuía tempo algum, e que não possui nenhum material para efetivação do trabalho, a mesma voz interior grita a plenos pulmões: “agora fudeu, fudeu mesmo!”
CORTA
PARÁGRAFO FINAL
Personagem um - Então o que está esperando? Tenho certeza que você terá o dom de conquistar a senhorita com isto, uma atitude sincera ao escrever a carta, e a ternura de suas palavras para acalentar aquele coração solitário.
Personagem dois - Preciso apenas achar minha caneta e um papel que possa reproduzir o início de tudo. Quero mostrar a ela como me sinto em relação a tudo, quero mostrar que sou apenas um frágil felino envolvido na doçura do seu melado, esse melado que me conquistou, que me envolveu como um todo e que me fez querer mais.
CORTA
O assassino que na verdade era argentino, foi encontrado pela Dona Maria sentado em sua poltrona com um chapéu de padeiro cobrindo sua cabeça, enforcado-o, e um cutelo atravessado em seu coração. Ao ver a cena Dona Maria entendeu que o mistério havia sido resolvido, com todos os três personagens que na verdade eram um, mortos no final, fazendo com que a perspicaz senhora pudesse voltar a sua simples casa, para cuidar do seu gato que havia caído no taxo de melado. Gato que por sua vez era um membro de uma facção separatista do sul goiano, facção que por sua vez pertencia ao CRCCCTHAQMECPEUPCG - Comando Rosa Choque Chocante Com Três Hambúrgueres Alface Queijo Molho Especial Cebola Picles E Um Pão Com Gergelim, que era um movimento de reivindicação do direitos marsupiais dos cangurus do cerrado, aqueles verdinhos com bolinhas laranjas que ficam pulando o dia todo.
CORTA
Então, nosso intrépido herói resolve se manifestar, e diz a seguinte frase: “tem momentos na vida que um homem tem que fazer, aquilo que um homem tem que fazer”. E neste momento ele grita: “o mããããããããe”! E vai para casa cabisbaixo cuidar do seu cachorrinho faminto. Neste último evento não há espaço para um gato cair no melado, por mais que isso tenha acontecido na casa do vizinho.

FINAL

agosto 17, 2008

Breve História Do Phophô, Parte 1 - Phophô (Raul Seixas - Eu Nasci A 10 Mil Anos Atrás)

Um dia,numa rua de Goiânia,
Eu vi uma amiga minha indo para aula,
Com uma apostila de cursin, e uma mochila na mão
Ela me falou do CEFET,
Eu topei o desfio,
E a história, aconteceu, mais ou menos, assim!

Eu entrei, a uns 5 anos atrás
E não tem nada no CEFET que eu não saiba de mais (2X)

Eu vi o Stives ser todo pintado
Vi o Daniel dar uma de ser namorado
Eu vi o Sanderson, virando Meleca, na gincana do calouro
Eu vi
Eu vi o Coragem matando o Dragão
O Irapuan pedindo "por favor, mais não"
Eu vi Pedro e sua querida mão 3 vezes, bringando no recreio
Eu vi

Eu entrei, a uns 5 anos atrás
E não tem nada no CEFET que eu não saiba de mais (2X)

Eu vi a Bruna tomando uma gingada
E o Gunther mamão gritando sempre, sempre Laura
Vi o Mandioca se empalando de novo, e sumindo a garrafa
Eu vi
Eu vi o Alvaro tomando um rodão
Vi o Marcio virando mais um morgadão
Eu fiz o Jão virar um grande jogador, e eu mesmo não virei nada
Eu fiz

Eu entrei, a uns 5 anos atrás
E não tem nada no CEFET que eu não saiba de mais (2X)

Eu vi correndo toda a calourada cabaça
Quando gritava, "pega e rala na pilastra"
E o Képler que queria apenas uma gata, só catava a barangada
Eu vi
Eu vi Os Grilos tomando uma lavada
E o grande Brier tomando tênis na cara
Eu vi o Minoti correndo atrás da Evelyn
E como cabaço não fez nada

Eu entrei, a uns 5 anos atrás
E não tem nada no CEFET que eu não saiba de mais (2X)

Eu tava junto com os vetera na SBPC
Eu vi a gameleira quando ela era bebê
E quando a Andreia disse que era gostosa, eu também ri na cara dela
Eu também
Eu vi o Julio tomando murro nas costas
E o Bocão dizendo: "Seis são é muito fodas!"
E praquele que prová que eu to mentindo, eu tiro a minha Bandana!!!

Eu entrei, a uns 5 anos atrásE não tem nada no CEFET que eu não saiba de mais (2X)

Rap Da PN - MC Phophô (MC Dudu Playboy - Rap Da FJG)

PN Corporation,é nóis,é nóis (3X)
PN Corporation
Viemos Do CEFET
Pra botá terror
PN Corporation,o bonde demolidor
Dexo te pega,agora não dá mais
Terror do Centro-Oeste,a PN é sagaz
Quem mando chama,já se arrependeu
Agora fudeu,PN Corp apareceu
Sem medo da morte
Pior que Samurai
PN Corp,é os JEDI
Se vc treto
Já tá travando o cuzão
PN Corp,matador de Alemão
Osnayde na nuca
Um Sabre-de-Luz na mão
PN Corp,é maldição
Parece um terremoto
Que botá pra jambrá
Uh,formô,montando o catuca
Correu na Vila Nova
E lá na Redenção
PN Corp,é os Fodão
Supapo Leguito,derruba até ROTAN
PN Corp,é os BAM-BAM
Playboy é o caralho
Nóis somos vagabundo
PN Corp,sai varrendo todo mundo
Bate de frente
Se não der tu sai de perto
PN Corp,é soco reto
Movidos a paçoca,farinha e copo d'água
Eu sou da gran PN que pega a mulherada
Só muleque sinistro
Só muleque fodão
PN Corporation é o rosa e o verdão
Essa união,o Botelho consagro
Com seu lanche das 3 e o amendoim cavalo
Campeão de Baile Funk e de dança em SC
PN Corp,pego VC
Tenta treta pra tu vê como é que é
Tirando o grande Jão nóis só num bate em muié
Quem for da PN,pode se juntar
Quem não for,vamos quebrar
Cadê o que tava aqui,quem foi que pegô
Grande Marcio,o seu terror
UH,sai de perto perto
Os PN são indiscreto
UH,sai da frente
Se não quisé treta com gente
Então,Chão........

agosto 07, 2008

Poemas para deixar de ler nº. 01

Sacro santo sente-se satisfeito
Sua siesta sabe-se sagaz
Samba suado sempre sexta-feira
Sábado soa solenemente sinal
Sobe serra, sobe sal
Sobe sala, sobe Sobral
Sina serpenteando saborosa
Sem sombra, sem sol
Saboreando soberbo sugo
Saboreando soberbo sal
Senta, sede, sabe, sobra
Sabe senta, sobra sede
Sem saber sua sina
Sobe sobe, santa senzalina
Sepulcrado solo sovina
Faz o céu chover, Ave Maria.

julho 28, 2008

Um Não Texto Pra Começar Bem O Dia

Autosuficientemente um aprendiz de terceira...
Boçal...
E foi achando em mim mesmo o que eu sempre busquei...
Ser...
Auto-proclamado idade das trevas... auto-proclamado renascença...
E saber que o passado constante vagueia sempre em direção ao passado quando este não se faz presente...
Devoto...
Vaguear pelo inconstante da alma...sabendo que a resposta nem sempre está no fim...
Pisar no minado terreno inimigo sem medo, não é uma qualidade arcaica e sim um objetivo distante...
Dizer que nunca mais irá dizer é o mesmo que dizer o que sempre se diz...
Trair-se...
E penar sempre quando o sacrifício foi em vão,rezando para que o mundo acabe a seus pés...
Desculpas...
Não aceitas...
E amaldiçoar a incompreensão gratuita...mesmo quando indecisa...
E saber que sempre tudo é continuo e cíclico...
E saber que sempre e sempre, com garra orgulho e coração...irei bradar aos quatro ventos...
Por estado de espírito...
Sou o mesmo de sempre que nunca decidiu evoluir, mas apenas continuar...
O último...
Mas não o único...
Sempre e sempre, verdadeiro.
Saudades de mim mesmo...

julho 27, 2008

“Noitário” de um arquiteto solitário – 17/02/2008

Querido Noitário;

Mais uma vez na madrugada. O relógio bate 03:50h da manhã, o que pra mim é uma coincidência muito interessante, já que o sorvete que eu tomei mais cedo – ou mais tarde, depende do referencial – custou R$3,50. Coincidências a parte, penso se o pessoal que lê isto aqui realmente acredita no que está escrito, eu gostaria muito, pois é tudo verdade.

Ontem tivemos uma reunião do centro acadêmico, a penúltima antes do início das aulas, onde várias idéias foram abordadas, todas relativas. Descobri no decorrer do curso que tudo é relativo, depende de como você encara os problemas e o que eles realmente valem para você, mas prepotência minha, Einstein descobriu antes.

Ultimamente ando adotando problemas. Dentre todos posso citar o problema com “horário”, esse é fogo, nunca dá sossego. Tem também o problema com “relacionamentos interpessoais”, e esse vai perdurar pelo resto da vida, quem mandou ser Arquiteto? Podemos citar o probleminha com “insônia”, que vive andando junto com o problema de “olheiras e fadiga”, mas esses nem podem ser levados a sério tadinhos, é uma realidade para nós estudantes de arquitetura.

Gostaria que minha cabeça parasse de funcionar, pelo menos da meia-noite às 6 da manhã.

Por que o “tema” de hoje está tão desconexo? Creio que seja por estar passando pela “crise de meia idade” do curso. Início de sétimo período. Você não sabe se realmente aprendeu alguma coisa e fez por merecer durante toda a sua vida, mas já é tarde demais pra desistir e você se vê obrigado a seguir em frente. Você tem dúvidas, problemas, ocupações, idéias, vontades, sonhos..., tudo junto e misturado ao mesmo tempo num liquidificador. Não apenas os seus projetos, mas a sua vida passa a ser um “brain storm”, e aos poucos você passa a ser parte da edificação à sua volta. Seus olhos viram janelas, sua cabeça vira cobertura, seus braços e pernas apêndices da construção; onde cada célula do seu corpo quer ser um tijolinho aparente, um componente do concreto, um pilar de sustentação.

O cachorro da vizinha uiva. O barulho característico da viatura da polícia descendo a rua. Logo depois o caminhão de lixo. Solidão. Quadros e Requadros. Pensamentos dispersos numa noite sem fim. Noites sem fim. Uma tela preta ao fundo e um monte de riscos coloridos dispersos numa imensa folha sem limites. Isso me faz lembrar da música aquarela: “... numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo, e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo...”. Todo arquiteto é um poeta por natureza, um amante da música, um apaixonado pelas belas artes. Esses pequenos lapsos vão formando o grande todo que é ser um arquiteto. Um louco, um vadio, um distúrbio psicótico sempre à beira de um colapso.

O texto deveria ter acabado aqui, mas como nada do que eu escrevo é muito sério – na verdade era pra ser, mas como já foi citado, nem em momentos sérios minha cabeça para de funcionar – resolvi deixar o parágrafo de trás bonitinho e guardar a piadinhas pra depois. Vamos brincar um pouco e reescrever o parágrafo com as devidas correções.

“O cachorro da vizinha... caminhão de lixo” (explica-se o porquê não consigo dormir). Solidão (pois não tenho TV a cabo, acesso à internet e toda minha família esta dormindo). Quadros e Requadros... Noites sem fim (isto se deve ao fato de acordar “grog” e porque o cachorro, os policiais e os lixeiros ainda não morreram). Uma tela preta...sem limites (maldito AutoCad). Isso me faz lembrar... amante da música (isso inclui axé, funk e pagode, vale tudo pra conseguir ficar acordado e terminar o projeto), um apaixonado pelas belas artes (isso inclui cubismo e arte abstrata, pois só assim para os nossos “pré-projetos” fazerem sentido). Esses pequenos lapsos – de memória - vão formando o grande todo que é ser um arquiteto (Nosgudou). Um louco, um vadio, um distúrbio psicótico sempre à beira de um colapso (e essa parte dispensa explicações).

Tentando voltar a falar sério, escrever suas idéias e coloca-las abertas a críticas talvez não seja uma boa idéia e isso também é relativo. Expor suas fraquezas e deixar “a cara à tapa” nunca é uma boa estratégia, se é que seja uma. Seria bom seguirmos em frente e não deixar rastros, mas a consciência nos lembra o tempo todo que temos obrigações e não podemos simplesmente passar por cima de tudo. Talvez deixar algumas coisas pra depois e mudar os planos faça mais sentido agora. Talvez esteja realmente na hora de mudar e se admitir – por favor, sem piadinhas infames, infames piadinhas – como alguém, que tem um papel fundamental para o bem estar de todos. Talvez seja realmente a hora de deixar de pensar como estudante, e passar a pensar como profissional. Talvez.

Percebi que tenho fome, mas não sei do que.

Preciso de uma redatora.

julho 26, 2008

“Noitário” de um arquiteto solitário – 14/11/2007

Querido Noitário;

Mais uma vez acordo na madrugada, mais precisamente às 4h da manhã. Antes de começar o diálogo, explico que o mesmo deriva-se de uma comunidade do nosso querido Orkut, intitulada “Gosto de Gente Inteligente”, com o seguinte tópico: “porque você se considera inteligente?”. Peço desculpa a todos logo de início, pois acordei as 4 da manhã por causa de um exame, “tô grog” e com fome... bem, não levem em consideração os devaneios e incoerências em excesso, estamos em um “jornal piloto”, temos que ser mais divertidos e irreverentes!
Para começar acho que o cara que postou o tal tópico pode ser o mais inteligente, ou o mais filho da “mulher que se encontra, às 2h da manhã, na Paranaíba, vendendo doces e salgadinhos” de todos aqui. Ele provoca automaticamente conflitos em todos que se deparam com esta pergunta, no caso de realmente cogitarmos a possibilidade de sermos inteligentes, nos levando a tentar justificar tal consideração.
Após ler alguns “posts” chega-se claramente à conclusão de que o tal tópico – e porventura um possível debate entre amigos - não vai passar de um conflito entre egos, uns maiores, outros menores; vai ganhar quem souber ter a cara mais lavada. Os que tentarem ser humildes, mesmo sendo inteligentes, não importa o quanto, serão sempre arrogantes, por mais que tentem. A única coisa que vai definitivamente valer no final das contas é o pensamento alheio. Mas, para começar, o que é “ser inteligente”?
Sabedoria, conhecimento, cultura, QI e outros termos, usados como justificativa para sanar tal dúvida, são muito diferentes. Segundo o dicionário “Globo” – porque Aurélio é muito piegas - ser inteligente é “compreender as coisas com facilidade”. Então, todas as outras definições para inteligente estão erradas, ou seja, quem respondeu diferente é desprovido de inteligência ou "burro" - coitado do quadrúpede, ele não tem culpa da sua situação perante o mundo –, mas ser inteligente – também se utilizando do dicionário Globo pois Aurélio é muito piegas - também é ser “destro” e “hábil”; logo, todos os canhotos são "burros"? E, indo mais adiante, quem tem a "habilidade" de “morder o cotovelo” é inteligente; então, todos somos hábeis, logo, todos somos inteligentes, pura lógica não?
Maldita língua portuguesa... (expressão de ira nos olhos!).
Partindo da premissa de que estará valendo o termo: "ser inteligente" é facilidade de compreender; sim, somos inteligentes. Mas acho isto..., complicado..., muito simplório..., podemos ir além. Penso que ser inteligente seja uma junção de tudo, por exemplo o QI. Levemos em consideração a existências de “tipos de inteligência”: física, matemática, cultural, emocional... Apenas aqueles com raciocínio lógico matemático apurado têm QI alto? Onde ficam os grandes poetas e escritores? Não seria um “QI Ortográfico"? Pasquale Cipro Neto não teria um QI alto, então, seria "burro"? Admiramos quem resolve integrais e derivadas com perfeição, mas também nos deixamos levar por quem tem o dom das palavras, isto também não seria uma forma de inteligência?
Outro exemplo um pouco mais desconexo: aqueles que são hábeis com os pés, mas um tanto quanto "iletrados", pra não tecermos outros comentários e justificarmos a afirmação, também não seriam eles inteligentes? Pensem: os caras trabalham dois tempos de 45 min. e ganham em um mês mais do que provavelmente você vai ganhar em sua vida toda, ao meu ver são muito inteligentes, com certeza. Sabem aproveitar e usar o dom que têm - ou que adquiriram - com habilidade, certamente inteligentes!
Levando em consideração a junção de tudo, ser inteligente seria “saber-se fazer presente em qualquer situação”. Não lembro quem “postou” algo parecido como justificativa, mas considero a melhor das respostas, apenas farei uma remodelagem: ser inteligente é saber interar-se com tudo e com todos, em qualquer situação. É literalmente saber “fazer-se presente”, não por ter conhecimento em todas as áreas, mas saber usar aquilo que possui - e passar adiante - com sabedoria, usando cultura e conhecimento. Apesar de "cultura, sabedoria, conhecimento..." serem coisas totalmente diferentes, elas andam completamente juntas, você apenas tem que saber fazer "a viagem"...
Nesse caso, sim, eu sou inteligente!
E você, também é?
Penso que serei crucificado pelas minhas palavras, mas quem não o é?
Boa viagem.

julho 25, 2008

“Noitário” de um arquiteto solitário – 25/10/2007

Querido Noitário;

Após a combinação macabra de uma Fanta Tailândia (“sabores do mundo”, manga e laranja creio eu, “bonííííííííííssima”, idéia de uma amiga minha) e um “croquete” (creio eu da mesma forma, algo parecido com um disco de carne, só que não era do preto, e sim do amarelo, vide opções de escolha) antes de sair da faculdade e retornar à Goiânia, abalizada com um “upgrade” das rosquinhas de coco da vovó ao chegar em casa, fui obrigado a levantar-me às 2:00h da manhã para uma atividade real, algo normal no caso de estarmos virando noites, péssimo quando isso acontece “após” virarmos “algumas” noites.
Virar a noite (ou ‘Virada”) pode ser comparada ao sexo: se você ainda não fez, algum dia vai fazer. Para os chocados com as palavras acima tenho apenas uma coisa a dizer: quem sabe o que, já sabe, conhece, não tem problema, é normal; quem não sabe, não sabe, logo, não têm a mínima idéia e não tem porque ficar impressionado. (pausa para o “coffe break” – 15 minutos uns 300mls a menos depois) Nós, Arquitetos em formação, precisamos perder alguns dogmas, para o nosso bem e para o futuro da arquitetura que está começando agora. Foi nisso que estava pensando durante minha estadia no trono...
Nossa unidade universitária é muito carente de um monte de coisas, materiais, estrutura, professores e afins, mas isso, ainda não está bem ao nosso alcance de ser resolvido, é claro, podemos exigir, protestar, brigar e tudo mais, mas a verba, a iniciativa, o realizar, para o nosso penar, vem de cima, apenas a cobrança vem da gente. Agora, algo que não tem nada a ver com diretoria, reitoria e até mesmo coordenação, e continua em falta na nossa unidade, algo que só depende de nós alunos, e principalmente de nós alunos da FAU, são atividades culturais e “sequelados artísticos”.
Quando digo atividades culturais (pausa para o “chá das 3”- 10 minutos e +/-500 gramas a menos depois) não é apenas festas no Laboratório, não é apenas voz e violão no pátio, não é apenas as manifestações contra a reitoria (na minha opinião a melhor de todas, mobiliza todo mundo e traz uma convivência monstruosa entre todos), isso com toda certeza é muito válido, mas não é só isso, é realmente fazer atividades que englobem várias coisas, como dança, teatro, pintura, canto...e por aí vai. Quando o C.A.C.A.U. Unicidade entrou se propôs a fazer isso, criar vínculos com a comunidade estudantil e fazer este tipo de atividades, mas devido a organização da Semana de Arquitetura isto ainda não foi possível, logo, a iniciativa deve partir de todos os alunos da FAU, e dos outros cursos também, quanto mais gente trouxer idéias, mais e melhores serão os possíveis eventos a serem realizados, a participação de todos em todas as atividades é imprescindível.
Quando digo “sequelados artísticos” (que foi onde tive a idéia de escrever em você, noitário), é literalmente o que se lê: sequelados, surtados, lunáticos, pirados, doidinhos, chamem do que quiser. São eles que geralmente trazem as melhores idéias, e são eles que geralmente fazem as coisas acontecerem, cada um na sua área é claro. Nós da arquitetura, precisamos literalmente de sequelados artísticos, pessoas que choquem realmente a universidade. Mostras de CVAU 2, positivo. Exposição de trabalhos, positivo. Mas... cadê a iniciativa dos alunos? Onde estão os futuros arquitetos, que muitas das vezes passam por tudo isso, olham e dizem: “legal”. Não fazem uma análise crítica, não fazem um comentário decente, muitas vezes também apenas criticam negativamente, sem nem mesmo entender o que se passa. E... nós vamos ficar fixados apenas nisso, arquitetura? Nós arquitetos vamos ficar restritos a isso, arquitetos? Ninguém tem encéfalo e polegar opositor suficiente pra sair da mesmice e fazer algo diferente? Não pretendo passar 5 anos da minha vida numa universidade e simplesmente “passar por ela”, não vivenciar, não acreditar que todos podemos fazer algo a mais. É... está faltando Guaraná Antártica pra galera...(isso me lembrou a Fanta, ‘guenta ae” que vou ali “tomar um ar”) (“...minutos depois...” - voz de locutor de desenho do Batman) .
Essa falta de sequelados nos mostra a falta de comunicação, o “déficit criacional”, o medo de “pagar mico”, de se expor para a universidade, para o mundo. Não é assim que devemos ser. Se alguém canta bem, porque não vai lá e canta? Se alguém tem idéia de uma apresentação teatral, porque não grita no meio do pátio, chama o pessoal e expõe o seu trabalho, que você com certeza passou horas criando e trabalhando pra ser aquilo que você gosta? Vamos continuar com medo de mostrar as idéias que temos? Muito do que existe hoje e do que é reconhecido hoje começou assim, com críticas, com risos debochados, com piadinhas e bochechas vermelhas, mas depois, muitos se calaram e deram o braço a torcer para os “doidinhos que não tinham mais o que fazer”.
Deixo aqui então a minha idéia a quem possa interessar...SEJAM. Existe um termo muito utilizado por muitas pessoas, mas que talvez não seja do conhecimento de todos: “Botar pra Jambrar”. Botar pra jambrar pode ser traduzido com “fazer acontecer”. É isso que temos que fazer, botar pra jambrar, é por o negócio pra funcionar (não leiam com duplo sentido, ou triplo, ou quádruplo...), é realmente por em prática as idéias e se tornar mais um “King Kong” universitário. Fazer uma grande apresentação, juntar muita gente, fazer um festival universitário de artes, englobar os pequenos grupos que já fazem algo assim, e virar um grande grupo, algo reconhecido, algo de respeito, que pode vir a gerar grandes nomes. Muitos dos profissionais da “mídia“ (escritores, músicos, dançarinos, cantores...) hoje, não se formaram em letras, música, artes cênicas e afins...são arquitetos, engenheiros, biólogos, farmacêuticos, químicos, matemáticos e afins que levantaram uma noite, após uma Fanta (mas acho que a culpa está no croquete, eu sinto isso...) e resolveram botar pra jambrar, é nisso que acredito e gostaria que todos pelo menos pensassem sobre o assunto.
Bem, acho que após os dois desabafos (entendam como se deve ser entendido), posso ir dormir tranquilamente (será?), e acordar amanhã para mais um dia “dessa existência maldita nesse sertão desgraçado” (retirado da música Rap da Roça, do Kaquinho Big Dog).
Finalizo meu depoimento a você amigo de todas as noites, com um pequeno poeminha que aprendi nos idos do século passado, mais ou menos pela 3º série, e que com toda certeza é do conhecimento de todos: “quando sento no vaso, sinto uma emoção profunda, a #$%&* bate na água, e a água bate na @#$%&”. Apesar do caráter cômico, reflita.