novembro 11, 2008

O GATO QUE CAIU NO MELADO

Já faz alguns dias que me bateu uma vontade tremenda de escrever, não sei por quê. Acho que tem a ver com o fato de não ter nada motivante na minha vida neste momento, além dos complexos de sempre. Bem, faltava então, um tema, e eis que o merdinha apareceu hoje! Creio que tem muito a ver com uma cena um tanto quanto interessante que vi na faculdade, antes de vir para casa. Não que a cena fosse chocante, ou algo do gênero, mas foi algo que me fez pensar e refletir sobre o fato de que, as pessoas realmente são seres mudam com facilidade, desde que isso seja mais interessante pra si próprias. Soma-se isso ao fato de ontem eu ter batido um papo muito interessante sobre cruzar a linha da maturidade, e o fato de ter assistido um filme, no mínimo, cabuloso, absurdo e agoniante, que retrata com clareza a mediocridade humana... “Dogville” se possível, assistam... Bem, essa puta vontade de escrever veio, faltava uma idéia, uma tema, uma ação, mas tudo clareou após os eventos contados acima, então, decidi por escrever um texto incoerente, confuso e desconcertante, sobre nada e algo ao mesmo tempo, simplesmente pra retratar o que todo mundo vê, mas ninguém enxerga. Ah, isso também é uma declaração de amor... Roubando um título de um amigo meu, o qual devo várias honras, com vocês, a mais recente produção da minha mente insana, da série "Textículos":

TÍTULO dois pontos O GATO QUE CAIU NO MELADO PARÁGRAFO personagem um pergunta Era pra ser um texto cômico ponto de interrogação personagem dois responde Não vírgula romance reticências CORTA Mas o padeiro não deveria ter entregado os pães hoje vírgula é sexta hífen feira vírgula ninguém come pão na sexta hífen feira hífen pensou ponto Então a Dona Maria retirou hífen se da sala do assassino e dirigiu hífen se para a porta vírgula pensando no fato de que a missa de domingo não poderia acontecer normalmente vírgula visto que não conseguiriam comer todo pão até aquele evento ponto CORTA E hoje na sala de aula a professora pergunta para o atordoado aluno abre parênteses protagonista vírgula o herói da história fecha parênteses porque ele não havia concluído a tarefa que fora proposta ponto E nisto o aluno responde dois pontos abre aspas não tive tempo fecha aspas ponto Ao ouvir isso a irreverente e dinâmica professora responde com todo abre aspas ar de graça fecha aspas que possui dois pontos abre aspas tudo bem vírgula você pode fazer esta matéria no semestre que vem fecha aspas ponto CORTA PARÁGRAFO personagem um pergunta Mas então vossa senhoria deveria abordar o tema de forma mais sucinta vírgula talvez levar rosas ou uma caixa de bombons ponto de interrogação personagem dois responde Sim vírgula seria o prudente a se fazer vírgula mas neste meu vasto tempo de vida percebi que a prudência não funciona bem com todas ponto Para algumas é necessário se arriscar mais vírgula ousar mais vírgula uma tal de teoria de abre aspas mulher maçã fecha aspas ponto CORTA Rapidamente Dona Maria retorna para sua residência e começa a escrever cartas de despedia aos seus netos vírgula sabendo do destino que a esperava ponto Naquele momento soube que o padeiro era algo mais que um simples padeiro, ele também era reticências CORTA Ao ouvir a célebre porém ofensiva frase vírgula o aluno tenta desconversar sabendo com clareza que agora vírgula abre aspas o seu tava na reta fecha aspas ponto Neste momento aquele suor frio característico se manifesta na forma de uma gotícula que desce gelada pela espinha vírgula e pensa dois pontos fudeu ponto de exclamação CORTA PARÁGRAFO personagem um pergunta Então nobre colega vírgula o que o impede de domar e tomar o coração da jovem senhorita vírgula que se encontra confusa e abandonada ponto de interrogação personagem dois responde Problema em si não há vírgula caro companheiro vírgula apenas o fato daquela insegurança pertinente a todo coração que se encontra perturbado vírgula sem saber se está realmente apaixonado vírgula acho que vou cumprir com o prometido vírgula vou escrever uma carta de amor reticências CORTA o açougueiro turco disfarçado de alemão com sotaque japonês e idéias portuguesas na forma de vender o seu produto ponto Ora pois ponto de exclamação Isso é inconcebível hífen pensou hífen vírgula não existe cachorro quente de carne vírgula muito menos pão na sexta hífen feira ponto Resolveu então ir falar novamente com o assassino vírgula e encomendar um serviço discreto reticências CORTA abre aspas não vírgula ainda não fudeu fecha aspas Retira então de sua mochila um calendário vírgula munido de muita esperança vírgula e começa a verificar a possibilidade de agenciamento do seu horário na semana vírgula visto que o tempo era seu aliado e seu pior inimigo ponto Ao verificar que não possuía tempo algum vírgula e que não possui nenhum material para efetivação do trabalho vírgula a mesma voz interior grita a plenos pulmões dois pontos abre aspas agora fudeu vírgula fudeu mesmo ponto de exclamação fecha aspas CORTA PARÁGRAFO FINAL personagem um pergunta Então o que está esperando ponto de interrogação Tenho certeza que você terá o dom de conquistar a senhorita com isto vírgula uma atitude sincera ao escrever a carta vírgula e a ternura de suas palavras para acalentar aquele coração solitário ponto segundo personagem responde Preciso apenas achar minha caneta e um papel que possa reproduzir o início de tudo ponto Quero mostrar a craseado ela como me sinto em relação a tudo vírgula quero mostrar que sou apenas um frágil felino envolvido na doçura do seu melado vírgula esse melado que me conquistou vírgula que me envolveu como um todo e que me fez querer mais ponto final CORTA O assassino que na verdade era argentino vírgula foi encontrado pela Dona Maria sentado em sua poltrona com um chapéu de padeiro cobrindo sua cabeça vírgula enforcado hífen o vírgula e um cutelo atravessado em seu coração ponto Ao ver a cena Dona Maria entendeu que o mistério havia sido resolvido vírgula com todos os três personagens que na verdade eram um mortos no final vírgula fazendo com que a perspicaz senhora pudesse voltar a sua simples casa vírgula para cuidar do seu gato que havia caído no taxo de melado ponto Gato que por sua vez era um membro de uma facção separatista do sul goiano vírgula facção que por sua vez pertencia ao CRCCCTHAQMECPEUPCG hífen Comando Rosa Choque Chocante Com Três Hambúrgueres Alface Queijo Molho Especial Cebola Picles E Um Pão Com Gergelim vírgula que era um movimento de reivindicação do direitos marsupiais dos cangurus do cerrado vírgula aqueles verdinhos com bolinhas laranjas que ficam pulando o dia todo ponto final CORTA Então vírgula nosso intrépido herói resolve se manifestar vírgula e diz a seguinte frase dois pontos abre aspas tem momentos na vida que um homem tem que fazer vírgula aquilo que um homem tem que fazer fecha aspas ponto E neste momento ele grita dois pontos abre aspas o mãe ponto de exclamação E vai para casa cabisbaixo cuidar do seu cachorrinho faminto ponto Neste último evento não há espaço para um gato cair no melado vírgula por mais que isso tenha acontecido na casa do vizinho ponto final FINAL


Segue abaixo o texto com a pontuação pontuada... rsrsrs


O GATO QUE CAIU NO MELADO

Personagem um - Era pra ser um texto cômico?
Personagem dois – Não, romance...
CORTA
- Mas o padeiro não deveria ter entregado os pães hoje, é sexta-feira, ninguém come pão na sexta-feira – pensou. Então a Dona Maria retirou-se da sala do assassino e dirigiu-se para a porta, pensando no fato de que a missa de domingo não poderia acontecer normalmente, visto que não conseguiriam comer todo pão até aquele evento.
CORTA
E hoje na sala de aula a professora pergunta para o atordoado aluno (protagonista, o herói da história) por que ele não havia concluído a tarefa que fora proposta. E nisto o aluno responde: “não tive tempo”. Ao ouvir isso a irreverente e dinâmica professora responde com todo “ar de graça” que possui: “tudo bem, você pode fazer esta matéria no semestre que vem”.
CORTA
Personagem um - Mas então vossa senhoria deveria abordar o tema de forma mais sucinta, talvez levar rosas ou uma caixa de bombons?
Personagem dois – Sim, seria o prudente a se fazer, mas neste meu vasto tempo de vida percebi que a prudência não funciona bem com todas. Para algumas é necessário se arriscar mais, ousar mais, uma tal de teoria de “mulher maçã”.
CORTA
Rapidamente Dona Maria retorna para sua residência e começa a escrever cartas de despedia aos seus netos, sabendo do destino que a esperava. Naquele momento soube que o padeiro era algo mais que um simples padeiro, ele também era...
CORTA
Ao ouvir a célebre porém ofensiva frase, o aluno tenta desconversar sabendo com clareza que agora, “o seu tava na reta”. Neste momento aquele suor frio característico se manifesta na forma de uma gotícula que desce gelada pela espinha, e pensa: fudeu!
CORTA
Personagem um - Então nobre colega, o que o impede de domar e tomar o coração da jovem senhorita, que se encontra confusa e abandonada?
Personagem dois - Problema em si não há, caro companheiro, apenas o fato daquela insegurança pertinente a todo coração que se encontra perturbado, sem saber se está realmente apaixonado, acho que vou cumprir com o prometido, vou escrever uma carta de amor...
CORTA
O açougueiro turco disfarçado de alemão com sotaque japonês e ideias portuguesas na forma de vender o seu produto. Ora pois! Isso é inconcebível – pensou -, não existe cachorro quente de carne, muito menos pão na sexta-feira. Resolveu então ir falar novamente com o assassino, e encomendar um serviço discreto...
CORTA
“Não, ainda não fudeu”. Retira então de sua mochila um calendário, munido de muita esperança, e começa a verificar a possibilidade de agenciamento do seu horário na semana, visto que o tempo era seu aliado e seu pior inimigo. Ao verificar que não possuía tempo algum, e que não possui nenhum material para efetivação do trabalho, a mesma voz interior grita a plenos pulmões: “agora fudeu, fudeu mesmo!”
CORTA
PARÁGRAFO FINAL
Personagem um - Então o que está esperando? Tenho certeza que você terá o dom de conquistar a senhorita com isto, uma atitude sincera ao escrever a carta, e a ternura de suas palavras para acalentar aquele coração solitário.
Personagem dois - Preciso apenas achar minha caneta e um papel que possa reproduzir o início de tudo. Quero mostrar a ela como me sinto em relação a tudo, quero mostrar que sou apenas um frágil felino envolvido na doçura do seu melado, esse melado que me conquistou, que me envolveu como um todo e que me fez querer mais.
CORTA
O assassino que na verdade era argentino, foi encontrado pela Dona Maria sentado em sua poltrona com um chapéu de padeiro cobrindo sua cabeça, enforcado-o, e um cutelo atravessado em seu coração. Ao ver a cena Dona Maria entendeu que o mistério havia sido resolvido, com todos os três personagens que na verdade eram um, mortos no final, fazendo com que a perspicaz senhora pudesse voltar a sua simples casa, para cuidar do seu gato que havia caído no taxo de melado. Gato que por sua vez era um membro de uma facção separatista do sul goiano, facção que por sua vez pertencia ao CRCCCTHAQMECPEUPCG - Comando Rosa Choque Chocante Com Três Hambúrgueres Alface Queijo Molho Especial Cebola Picles E Um Pão Com Gergelim, que era um movimento de reivindicação do direitos marsupiais dos cangurus do cerrado, aqueles verdinhos com bolinhas laranjas que ficam pulando o dia todo.
CORTA
Então, nosso intrépido herói resolve se manifestar, e diz a seguinte frase: “tem momentos na vida que um homem tem que fazer, aquilo que um homem tem que fazer”. E neste momento ele grita: “o mããããããããe”! E vai para casa cabisbaixo cuidar do seu cachorrinho faminto. Neste último evento não há espaço para um gato cair no melado, por mais que isso tenha acontecido na casa do vizinho.

FINAL

Um comentário:

Unknown disse...

noossa!resumindo em uma palavra:"hilário"!eu disse q sua mente eh um turbilhão de idéias não disse???pois é,esse texto é uma prova cabal de minha opinião!axei muito criativo,confuso,estranho e um tanto cômico, traduzindo: sua cara!