novembro 12, 2008

Ode A Agonia

Chorando as mágoas hoje, apenas,
Incrível coração dilacerado
Só, somente só,
Por nunca descreveres a verdade,
Omite-a em falsas palavras deturpadas,
Com uma falsa verdade social e puritana,
Mantendo aparências, mantendo caráter,
Mas, por que simplesmente não aceitas?
A dolorida consciência de acreditar em vão
Pobre coração, por que te apaixonas tão fácil?
Maldito coração, porque não pensas em mim?
Fica aí, se deixando levar,
Por falsos amigos, por falsos ídolos,
Por falsos amores, infundados amores,
E o pior de tudo é a dúvida, insana dúvida,
De quem é a culpa?
Do cérebro, massa cinzenta motriz do ser,
Ou da vida, que não dá brecha para o descanso...
Por muito tempo agüento
A desonrosa, pútrida, vadia,
Que brinca comigo do nascer do dia,
Ao por do sol esquecido e solitário
Vida!
Porque não se cansas de mim e vai brincar com outro
Alguém forte, decidido, poderoso,
Soberano do seu próprio destino
Sabes que sou apenas um menino,
Que cresceu, mas não sabe andar,
Que cresceu e quer apenas acreditar...
Amor!
Frio, calculista, variável,
Amargo, efêmero, incontrolável,
Amaldiçôo-te todos os dias,
Pois não mereces consideração minha,
Sempre faço e desfaço o possível
Sempre escolho, analiso e sintetizo,
Personifico-o na forma de um ser
A vontade de simplesmente ter
Felicidade um dia, quem sabe, quando...
Falta métrica, falta rima, falta sina
Sou um mero poeta idealista
Que tenta compensar a falta de categoria
Com a motivação do seu dia-a-dia
Um desejo insano, profano e mundano,
Mas um simples e puro desejo de menino
Que ouviu um dia dizer de um andarilho
Que sábio é aquele que sabe ver
As pequenas e valorosas coisas ao anoitecer...
E por esse caminho ele resolver ser
Um caminho correto, árduo e honroso,
Sonhando e acreditando em um final bondoso
Com um pote de ouro para que ele tenha gozo
Mas pobre menino da poesia fraca
Além de poeta, é pobre, panaca
Ainda acredita em contos de fada
Se der sorte terá pelo menos uma salvaguarda
E mesmo depois de saber
Que sendo certo irá perecer
Mas sendo errado sua verdade irá prevalecer
Escolhe o caminho das pedras
O caminho que não trará dignidade
Pois não será digno sendo justo
O caminho que não provirá recompensas
Pois é necessário enganar para ter lucro
O caminho em que o amor,
Provavelmente não estará...
E depois desse poema medíocre e extremista
Finalizo, pois, mais um sôfrego dia,
Indo dormir acreditando, que,
Talvez se eu aprender a não sofrer,
Crescer e crescer,
Minha alma encontre redenção ao amanhecer...
Desejando a mim mesmo, Tenha um ótimo Novo dia!

2 comentários:

Kamyla disse...

Lindo! *-* Adorei o poema Phophô! =)

H. Kennerly disse...

ooouun! Rodolphinho e seus poemas trágicos.

AMAY!! *---*

Continue assim, DEAR.